No final de setembro/2015 o modelo CFS, pela média das suas últimas 40 saídas, previa o cenário abaixo para o mês de outubro/2015. Diferentemente de meses anteriores, começou a sinalizar uma tendência de anomalias neutras a negativas pelo interior do Conesul, especialmente na Argentina.
Analisando o realizado nos dois mapas abaixo, nota-se que o modelo teve um grande acerto: as anomalias negativas no litoral e mar do nordeste brasileiro. Por outro lado, mesmo ciente de que o modelo começou a apontar uma mudança de padrão no Conesul, o CFS errou drasticamente as anomalias negativas nessa região. A Argentina registrou um dos meses de outubro mais frios da sua história, com regiões alcançando anomalias de até -7C! No Brasil as anomalias positivas previstas se confirmaram. Inclusive, algumas cidades dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram o aposto daquilo visto na Argentina, com o outubro registrando a mais alta média de todos os tempos. No sul do país, Porto Alegre finalmente conseguiu interromper a série de 16 meses seguidos de anomalia positiva, a maior da sua história documentada. O desenho do mapa abaixo é flagrante ao evidenciar que foi um período de extremos na região, onde dois mundos distintos foram vistos.
Realizado Outubro/2015 (Brasil)
Realizado Outubro/2015 (Conesul)
E para novembro/2015? O CFS traz um retrato muito parecido do realizado em outubro/2015, mantendo uma bolha de anomalia negativa muito forte no litoral do nordeste brasileiro, aumentando um pouco mais as anomalias positivas na região amazônica e mantendo o frio no Conesul, excluindo a Patagônia.