O inverno climático sul brasileiro, composto pelos meses junho, julho e agosto, foi um dos mais quentes da série 1951/2017, especialmente na porção mais meridional da Região. As cidades analisadas, Porto Alegre, Curitiba e Uruguaiana, em suas estações oficiais mantidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, apresentaram os seguintes dados médios e desvios sobre a normal climatológica 1961/1990)
Porto Alegre: 16,7C (+2,0C de anomalia)
Curitiba: 14,5C (+1,2C de anomalia)
Uruguaiana: 15,6C (+1,4C de anomalia)
São dados bastante significativos, especialmente para a Capital do Rio Grande do Sul. Para esta o inverno de 2017 foi o terceiro mais quente, atrás de 2015 - o mais quente de toda a série - e 2001. Para Uruguaiana o inverno de 2017 foi o quinto mais quente e para Curitiba foi apenas o décimo sétimo mais quente, o que não torna o inverno da cidade tão destoante da sua normal, embora tenha registrado anomalia de +1,2C.
Se considerarmos o quinquimestre recém finalizado (maio/junho/julho/agosto/setembro (MJJAS)), 2017 foi o mais quente da série para Porto Alegre, com vasta margem sobre o segundo colocado (2015). Veja a seguir as anomalias de cada quinquimestre em cada um dos anos mais quentes.
2017: +2,3C
2015: +1,8C
2001: +1,4C
1972: +1,4C
2012: +1,3C
Notem como três quinquimestres MJJAS mais quentes de Porto Alegre ocorreram nos últimos seis anos. Isso torna a década atual aquela que mantém a média mais alta de invernos desde a década de 50, mesmo que em três anos (2011, 2013 e 2016) a cidade tenha apresentado anomalias negativas em invernos.
Para Curitiba o quinquimestre MJJAS de 2017 não supera o de 2015 como o mais quente por três décimos. Enquanto 2015 registrou +2,3C de anomalia, 2017 ficou com +2,0C. Ainda assim, estes dois anos destoam bastante das anomalias mais quentes que anteriormente eram registradas. Antes de 2015, o ano de 2005 havia sido o que apresentou o quinquimestre mais quente, com anomalia de +1,7C.
Uruguaiana teve o terceiro quinquimestre mais quente em 2017 com anomalia de +1,3C. Entretanto, diferentemente de Porto Alegre e Curitiba, o ano não pode ser considerado uma "aberração climática". Para esta cidade fronteiriça o ano de 1982 foi aquele que apresentou o MJJAS mais quente da série, com +1,9C.
Curitiba e Porto Alegre tiveram sua média de quinquimestre bastante alterada em 2017 muito especialmente em virtude dos valores verificados no mês de setembro. Foi disparado o setembro mais quente da série nestas cidades. A capital paranaense apresentou +4,1C de anomalia, enquanto que a gaúcha +3,8C. O recorde anterior de anomalia para setembro nestas duas capitais era 1,0C mais frio.
A perspectiva para o ano é que este seja o mais quente de todos os tempos em Porto Alegre, com alguma folga sobre o segundo colocado. Até agora a cidade está com anomalia anual de +1,7C. O recorde atual pertence ao ano de 2012 com +1,3C.
Para Curitiba 2017 deve estar certamente entre os mais quentes, pois a anomalia atual é de +1,6C, bem próxima anos recordes - 2002 e 2015 - que registraram +1,9C.
Já para Uruguaiana a perspectiva é menos entusiasmante em virtude dos quatro primeiros meses do ano na cidade, todos com anomalia negativa.
A perspectiva para o ano é que este seja o mais quente de todos os tempos em Porto Alegre, com alguma folga sobre o segundo colocado. Até agora a cidade está com anomalia anual de +1,7C. O recorde atual pertence ao ano de 2012 com +1,3C.
Para Curitiba 2017 deve estar certamente entre os mais quentes, pois a anomalia atual é de +1,6C, bem próxima anos recordes - 2002 e 2015 - que registraram +1,9C.
Já para Uruguaiana a perspectiva é menos entusiasmante em virtude dos quatro primeiros meses do ano na cidade, todos com anomalia negativa.