sexta-feira, 31 de julho de 2015

Backtesting CFS Julho/2015 e Previsão para Agosto/2015

No final de junho o modelo de CFS projetava as seguintes anomalias para à América do Sul por intermédio da média de projeções emitidas ao longo dos 10 últimos dias daquele mês:




O realizado (mapa abaixo) evidencia uma acurácia incrível da previsão realizada pelo modelo 30 dias atrás. As anomalias são muito próximas à previsão. Desde que comecei a realizar backtestings do CFS para a América do Sul, em julho de 2014, jamais verifiquei uma concordância tão forte como agora entre a previsão e o realizado, embora o modelo sempre tenha se mostrado bastante confiável nestas projeções mensais. 


E que temos de previsão para agosto? Mais um mês acima da média no sul do Brasil. Talvez o mais quente de todo inverno (junho, julho e agosto). O El-Niño (aquecimento das águas superficiais da região equatorial do Oceano Pacífico) tem se mostrado determinante para a verificação deste inverno quente no sul do Brasil e para o alongamento da série de 15 meses seguidos de anomalias positivas na capital gaúcha, um recorde de mais de meio século para a cidade. Algumas outras cidades e estações do sul do Brasil apontam uma sequência de 23 meses seguidos de anomalia positiva, sendo agosto de 2013, o mês que registrou aquela nevasca histórica na serra gaúcha, o último mês frio.



Importante destacar que, embora sem tanta confiabilidade quanto nas projeções para o mês seguinte, o modelo CFS permanece apontando seguidas anomalias positivas para os próximos 9 meses.

Até a próxima!



segunda-feira, 20 de julho de 2015

A Semelhança do Inverno de 2015 com 1998

Esse mês de julho está com bloqueio muito ativo, o que é consequência direta do Super El-Niño (tratado aqui) e que ocasiona muita chuva no RS. Foi assim em 1998 e está sendo assim em 2015. Essa semelhança entre estes dois anos é o que mais tem me chamado a atenção nesse inverno. Temos quase que um análogo perfeito com 1998. Percebam esta semelhança pelas anomalias de temperatura do Oceano Pacífico em ambos os anos.


Ainda que haja mais águas aquecidas em 2015, o Pacífico Equatorial está muito semelhante, e é onde a maior parte da energia que entra na Terra é absorvida, o que acaba fazendo da região aquela que desempenha o papel mais importante para o clima do planeta.

Em 1998  o inverno foi muito úmido e sem extremos no Estado. O Aeroporto Salgado Filho oscilou apenas entre 5C e 25C. Nesse 2015 a oscilação nos primeiros 20 dias do mês está ainda mais estreita, muito em virtude do excesso de dias encobertos, chuvosos e úmidos. A estação do INMET na capital gaúcha oscilou entre 6,8C e 22,9C, tão somente. A média do mês está quase cravada em cima do esperado para julho. Vejam pelo mapa abaixo como o RS está em sua maioria exatamente em cima desta normalidade climática.


Embora o RS acabe ficando na média na maioria de suas regiões, um pouco mais quente no norte e um pouco mais frio no sul, não é o que é registrado ao norte e ao sul do Estado. Do Uruguay para baixo temos um inverno mais frio que o normal. Da serra gaúcha para cima, um inverno ameno. 

E o quê esperar para o último mês do inverno? O modelo CFS vê agosto como mais um mês normal na maior parte do RS e sul do Brasil, porém vem incrementando anomalias negativas na média de suas rodadas nos últimos 3 dias no oeste do sul/sudeste, com destaque para o Paraná e São Paulo. Vejam abaixo.




Um boa noite.

Estamos sempre de olho!

domingo, 19 de julho de 2015

Gramado/Alphaville e Canela/Castelinho em 2015 - II

Abaixo os dados de ambas as estações, com destaque pars o baixíssimo número de mínimas abaixo de zero na estação do Castelinho. Julho até agora com nenhum registro!


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Super El-Niños

O atual evento de El-Niño não é mais forte que aquele verificado em meados de 1997 e que foi classificado como um super El-Niño pelos climatologistas norte-americanos. Enquanto naquela época as águas superficiais da costa do Ecuador bateram +4C de anomalia, hoje elas estão em média +2,7C mais quentes que o nornal. Entretanto, o atual padrão de aquecimento das águas do Pacífico Equatorial são acompanhados por uma vasta zona de águas aquecidas naquele mesmo oceano, mas em águas tropicas e extra-tropicais.


As duas imagens acima, comparando o El-Niño de 1997 com o atual, mostram que, embora mais intenso, o El-Niño de 1997 não tinha tanto suporte do resto do Oceano Pacífico. Hoje o mapa está muito mais avermelhado, o que de certa forma também poderia caracterizar o atual evento como um Super El-Niño, por quê, não? Afinal, quantas oportunidades já tivemos para presenciar um fenômeno com esta magnitude? 

Os efeitos diretos do El-Niño atual já são sentidos, pois o atual inverno no sul do Brasil está mais quente que o normal e deverá trazer chuvas mais intensas para o resto da estação.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Neve Amanhã?

Última rodada do modelo norte-americano (GFS) aponta neve para a serra amanhã de manhã. O mapa abaixo mostra nos pontos azuis onde o fenômeno pode ocorrer entre 6 da manhã e 9 da manhã. Meu feeling de observador, contudo, acha que será algo bem restrito e localizado. De qualquer forma, curioso pelos desdobramentos.